Relatório recente divulgado pelo site Zillow mostra que as residências na região metropolitana de Orlando ganharam $ 15 bilhões em valor de mercado. O aumento não ficou restrito às casas na região de Orlando. O valor de mercado em termos nacionais também aumentou em $ 2,5 trilhões. Contribuíram para a valorização a diminuição do inventário (menos imóveis foram colocados à venda), aumento da demanda e taxas de juros historicamente baixas.
O relatório considerou dados do Censo dos EUA combinados com os preços de cada propriedade residencial, incluindo residências unifamiliares (single-family homes), townhomes e condos.
Durante a pandemia o inventário caiu consideravelmente, já que menos pessoas estavam dispostas a se “movimentar”, tampouco receber estranhos em suas residências para mostrar o imóvel (risco de contágio). Ao mesmo tempo, houve um grande movimento de migração de áreas mais densamente habitadas para áreas com menor densidade demográfica, o que puxou a demanda para cima.
A região de Orlando, neste contexto, destaca-se. O condado de Orange (Orange County), onde a cidade de Orlando está inserida, foi responsável pelo maior aumento na região central do estado, com um ganho de US$ 7,4 bilhões no somatório de preço das residências existentes. A Flórida ficou em terceiro lugar no país, com um total de US$ 2,175 trilhões no valor das residências, representando 6% do mercado imobiliário nacional.
Outro fator que influenciou o mercado imobiliário nos EUA foram as taxas de juros historicamente baixas. Ao mesmo tempo que muitos americanos queriam aproveitar os juros baixos para comprar imóveis, muitos proprietários optaram por refinanciar os imóveis que já habitavam, postergando a venda e, com isso, diminuindo o inventário de imóveis no mercado.