Durante o período de pandemia assistimos a um verdadeiro êxodo urbano na Flórida. As pessoas estão migrando de grandes centros metropolitanos para áreas suburbanas em busca de residências mais amplas em vizinhanças com menor densidade demográfica. A consolidação do trabalho remoto ajudou a impulsionar este movimento. Por enquanto não há sinais de que a tendência seja revertida, mas já há quem diga que o movimento contrário pode ganhar força, na medida que as vacinações avançam nos EUA e a normalidade, aos poucos, retorne. Haverá uma migração de volta às áreas urbanas?
Existem alguns fatores que contribuem para esta possível tendência de reversão no movimento migratório. O primeiro seria o desejo de consumidores, principalmente os mais jovens , de voltar a participar de uma vida mais vibrante nos grandes centros, onde poderiam levar uma vida social mais ativa.
Outro fator seria a dificuldade em encontrar a casa ideal. Essa situação já ocorre hoje, uma vez que a demanda por casas em regiões suburbanas na Flórida está altíssima. Ao mesmo tempo o inventário está em um nível historicamente baixo. Existem casas sendo disputadas por 4 ou 5 compradores ao mesmo tempo. Na falta de casas em regiões suburbanas, os compradores estão voltando suas atenções para condomínios de luxo em centros como Miami e Fort Lauderdale. Os condomínios com poucas unidades, conhecidos como low-density condos, são os mais procurados. Menor número de residentes em um mesmo prédio reduziria, supostamente, os riscos de contágio.
Os condomínios de luxo em Miami estão com preços atrativos, já que a demanda ainda permanece voltada para casas residenciais. Além disso, eles oferecem uma série de opções de lazer que uma casa no subúrbio não tem.
O boom imobiliário da Flórida Central coincidiu com uma enxurrada de pessoas das maiores cidades do país durante a pandemia. Enquanto a cidade de Nova York e Los Angeles perderam centenas de milhares de residentes em 2020, Orlando ganhou 60.000.
Os mercados residenciais suburbanos foram alguns dos maiores beneficiários da demanda por mais espaço para morar durante a pandemia. Compradores da Califórnia e de Nova York compraram casas na Flórida Central, onde os preços são mais baratos e os bairros menos densos. Esse é um dos motivos pelos quais as vendas de residências locais aumentaram 20% ano a ano em janeiro.
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