O setor imobiliário da Flórida está tão atípico que atingiu um novo recorde! De acordo com o U.S Census Bureau, o estado da Flórida está no topo do ranking do estados com maior número de imóveis desocupados. São 1,68 milhão de propriedades vagas (vacant) no Sunshine State. O total de propriedades desocupadas em todo o território americano é de 16 milhões.

Florida tem recorde de imóveis desocupados

Teoricamente, as taxas de vacância deveriam ter relação inversa com os preços dos imóveis. Ou seja, uma alta taxa de vacância (alto número de imóveis desocupados) supostamente significaria que a demanda está baixa, resultando em maior oferta de casas disponíveis à venda no mercado. Isso pressionaria os preços para baixo.

O inverso também deveria ocorrer. Uma baixa taxa de vacância significaria alta demanda por parte dos compradores, menor oferta no mercado (inventário baixo), o que pressionaria os preços para cima.

Contudo, isso não procede na Flórida! Por que?

Continue lendo para entender!

Investidores atuando no mercado

O alto número de imóveis desocupados acompanhado de inventário baixo e preços altos na Flórida está relacionado à atuação forte de investidores.

Nos últimos anos o preço médio dos imóveis na região central de Orlando e áreas suburbanas de grandes centros, como Miami e Fort Lauderdale, subiu de forma expressiva. Em 2021 o preço médio das casas residenciais na região da grande Orlando subiu mais de 20%.

O inventário de casas disponíveis para venda no mercado é um dos mais baixos da história.

E como explicar então o grande número de casas desocupadas?

Simples! Elas estão nas mãos de especuladores..

Esses especuladores são investidores domésticos e/ou internacionais que, vendo a expressiva valorização dos imóveis na Flórida, compraram Vacation Homes em Orlando ou Condos em Miami com o único objetivo de esperar e lucrar com a valorização.

Já mencionamos neste blog que os moradores e os chamados “First-Time Home Buyers” (pessoas que estão comprando a primeira casa) enfrentam dificuldades em acessar o mercado. Os preços estão, muitas vezes, proibitivos. Esses compradores não só enfrentam a concorrência de outros moradores locais e de outros estados (Nova York e Califórnia), mas também de investidores.

A situação ficou tão crítica que uma mesma casa recebe até 6 ofertas “cash” (à vista, sem financiamento). Um verdadeiro leilão informal que foi apelidado pelo mercado de “Bidding War”.

Tendência de alta nos preços permanece

Com a atuação pesada de investidores e falta de casas no mercado a tendência permanece de alta nos preços. Uma situação ainda mais tentadora para investidores, que comprarão mais casas, e contribuirão para o agravamento da situação.

Neste meio tempo as construtoras da Flórida, diante de uma oportunidade única em um mercado super aquecido, correm contra o tempo para trazer novas unidades ao mercado. Contudo, um projeto residencial pode demorar até 6 anos para ser entregue, desde de todas as aprovações e burocracias até a efetiva construção, comercialização e entrega. Vale destacar que o mercado permanece com a cadeia de produção afetada pela pandemia, com falta de materiais e mão-de-obra, jogando todos os prazos para frente.

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