Os preços das casas nos EUA atingiram o pico em julho de 2006, durante a bolha imobiliária. Com a crise do subprime os preços entraram em queda livre até 2010, quando começou a mostrar alguma reação. Mesmo assim a tendência de queda só cessou em meados de 2012. Agora os preços das casas atingiram um novo pico! Em março deste ano o preço médio das casas nos EUA aumentaram mais de 13% em relação ao mesmo período do ano passado. É o décimo aumento consecutivo no segmento em todo país.

O aumento de preços em março marcou o maior ganho YOY (Year over Year – ano a ano) em um mês desde dezembro de 2005. Em dezembro do ano passado, os preços das casas já haviam atingido o nível de crescimento mais rápido em seis anos.

Esse aumento foi causado por vários fatores. Para começar, a pandemia fez com que muitas pessoas procurassem mais espaço e o inventário estava limitado em muitos mercados. Esse movimento é nítido na Flórida, que recebe hoje mais de 1000 novos residentes todos os dias. A maioria em busca de casas residenciais em Orlando e região. Além disso, as baixas taxas de juros ameianas também têm sido um incentivo, levando os compradores a considerar a compra de uma casa própria.

Em todo o país, o preço médio de venda de residências existentes aumentou 16,2% ao ano no primeiro trimestre de 2021. Na verdade, atingiu o nível mais alto desde 1989. Essa mesma tendência continuou em abril, quando o preço aumentou 19% em relação ao ano anterior.

Seria uma nova bolha?

Tudo indica que não!

No artigo Preço dos imóveis na Flórida não para de subir! Seria uma nova bolha? Tudo indica que não explicamos os motivos.

A principal característica de uma bolha é o comportamento especulativo do mercado, que cria uma expectativa de aumentos futuro dos preços. No mercado de single-family homes na Flórida, não é isso que está acontecendo. As pessoas estão de fato buscando casas para morar. A Flórida recebe mais de 1.000 novos residentes diariamente. Somente a cidade de Orlando, em 2020, recebeu quase 70 mil novos residentes. É natural não haver casas no mercado para todo esse público, pressionando os preços para cima. Há, portanto, fundamento econômico para o aumento dos preços e não mera especulação.

Seria uma nova bolha?

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