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Nas últimas semanas assistimos a uma verdadeira montanha russa do real frente ao dólar. Depois de uma queda de mais de 15% no ano, o real sofreu nova e rápida desvalorização nos últimos dias, saindo da casa dos R$ 4,50 e rompendo novamente a barreira dos R$ 5,00.
Já comentamos diversas vezes neste blog sobre a instabilidade da moeda brasileira. Geralmente os fatores são ligados às incertezas político-econômicas internas. Porém, desta vez, temos fatores novos e externos também impactando.
Contribuiu para a rápida apreciação do dólar frente ao real as notícias sobre a Guerra na Ucrânia, aumento nos casos de Covid na China e alta dos juros americanos. Com isso, os investidores tendem a buscar ativos com menor risco, deixando países como o Brasil.
Não é possível prever com clareza o que ocorrerá nos próximos dias. Imagina-se que a Guerra na Ucrânia, que já completa dois meses, não terá um cessar fogo tão logo. Sobre a Covid, qualquer previsão é mera especulação. Em relação aos juros americanos, é fato que o FED permanecerá com viés de alta, já que pretende controlar a crescente inflação na economia americana.
No Brasil, é provável que o viés de alta para a taxa básica de juros também permaneça, o que poderia atrair capital estrangeiro. Contudo, a conturbada tensão entre os poderes, protagonizada pelo Presidente Jair Bolsonaro e Alexandre Moraes no STF, contribuem para afugentar os investidores.
Diante de tamanha instabilidade cambial, recomendamos sempre diversificar e manter uma parte do patrimônio atrelada ao dólar. O dólar continua sendo a moeda mais importante do mundo e o Real permanece como uma das mais instáveis.
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