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A Walt Disney Co. anunciou que realizará novas demissões. Em setembro, o grupo já havia informado que 28 mil funcionários seriam demitidos. O número subiu agora para 32 mil. A decisão é decorrente das fortes perdas financeiras que o grupo vem sofrendo por conta da pandemia.
As demissões não constituem a única decisão para fazer frente à crise. A Disney ainda considera pegar empréstimos, suspender pagamento de dividendos, frear novos investimentos e ainda intensificar o programa de demissões.
O grupo possui 12 parques distribuídos pela América do Norte, Ásia e Europa. Durante a pandemia todos eles foram fechados entre março e maio. Em Xangai e na Flórida já foram reabertos, porém com capacidade limitada. A Disney da Califórnia permanece fechada e, provavelmente, não será reaberta até o final de 2020. Em Paris, o parque foi obrigado a fechar novamente no mês passado, por conta de um lockdown imposto pelo governo francês decorrente da segunda onda de covid-19 que assola a Europa.
Com alguns parques fechados e capacidade reduzida naqueles que estão abertos, a receita do grupo caiu drasticamente e não há previsão de melhora no futuro próximo. Além dos parques, outras fontes de receita do grupo também foram afetadas. As operações com os cruzeiros da Disney estão suspensas.
A esperança está no serviço de streaming, o Disney +, que já está próximo de alcançar 80 milhões de assinantes.
A notícia de que o grupo Disney está aumentando seu programa de demissões não agrada a senadora Elizabeth Warren e a herdeira do grupo Abigail Disney (neta do irmão de Walt Disney). O descontentamento em relação às demissões tem a ver com os altos salários e bônus que continuam sendo pagos aos executivos do grupo.