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A tendência Work-From-Anywhere (WFA) que, traduzindo, significa “Trabalhe de qualquer lugar”, está relacionada com o aumento expressivo do trabalho remoto. A tendência, que já existia foi intensificada com a pandemia e trouxe transformações para o mercado corporativo e também para o setor imobiliário. Se por um lado o trabalho virtual traz vantagens para economias locais, permitindo que pequenas regiões ou mesmo diferentes países atraiam talentos, por outro lado traz também imprevistos negativos, a um primeiro momento, como o desequilibrio do mercado imobiliário.
Nos Estados Unidos a tendência Work-From-Anywhere para o mercado imobiliário de algumas regiões foi de grande magnitude. É o caso da Flórida, que foi literalmente invadida por americanos do norte do páis e da Califórnia. Até hoje os novos residetes não param de chegar. Estima-se que a Flórida receba 849 residentes por dia até 2026.
Para o mercado imobiliário da Flórida, este grande fluxo de novos moradores trouxe graves problemas, como a escalada dos preços dos imóveis residenciais e todas as consequências negativas que isso traz para os moradores locais
Este memo movimento, que foi visto no mercado doméstico americano, pode transforma-se em um problema global.
“Quando o mundo todo percebe que não precisa mais morar perto do trabalho e pode viver onde bem entende, desde que tenha acesso à internet, a situação pode tornar-se crítica para algumas regiões do mundo”, alerta Carlos Barros, sócio da CAP International, imobiliária global com atuação nos EUA e em Portugal.
“Da mesma forma que novaiorquinos invadiram a Flórida e hoje o estado enfrenta uma situação inédita de falta de inventário e preços altíssimos, outras cidades e regiões no mundo podem passar pelo mesmo problema”, explica Carlos. “A região de Lisboa e entorno de Lisboa já está vivenciando isso”, complementa.
“Work-From-Anywhere in Europe”..americanos de olho em Portugal
Carlos Barros explica que os americanos nômades, em um primeiro momento, correram para a Flórida, no mercado doméstico. A Flórida é o sonho de muitos americanos que vêem no “Sunshine Estate” maior qualidade de vida, custos de vida menores, e clima agradável o ano todo, sem falar na vida mais vibrante e badalada que cidades como Miami e Orlando podem oferecer. No entanto, estes mesmos americanos percebem agora que podem morar em qualquer lugar do mundo, já que o trabalho remoto permite. “Basta conseguir um visto de trabalho ou um visto de Nômade Digital”, explica Carlos. “Diversos países estão oreferecendo programas imigratórios e incentivos para atrair trabalhadores e empreendedores”, informa.
No caso de Portugal, Carlos ainda revela que a situação pode tornar-se ainda mais crítica não só por conta do movimento dos americanos, mas de todo o resto da Europa em busca da qualidade de vida que as cidades de Portugal oferecem. “…E com a guerra, estamos vendo muitos ucranianos vindo par cá”, explica.
normalização do trabalho virtual que começou com a pandemia do COVID-19 está criando vantagens significativas para as economias locais, permitindo que países e regiões atraiam talentos, revertam a fuga de cérebros dos subúrbios e redefinam a demografia em muitos locais, diz Choudhury, o Lumry Family Professor Associado na HBS.
Benefício para as empresas também
Impacto no mercado imobiliário
Geralmente os novos residentes fogem de centros caros para regiões onde o custo de vida é mais barato e a qualidade de vida melhor. Geralmente são cidades pequenas, ou no subúrbio ou mesmo no interior.
Americanos escolhendo a Europa
O mesmo movimento que ocorreu no mercado doméstico, pode agora estar acontecendo globalmente. Novaiorquinos e outros moradores do norte dos EUA, que invadiram a Flórida e desequilibraram o mercado imobiliário de cidades como Miami, Tampa e Orlando, agora estão percebendo que cidades do interior da Europa também podem ser interessantes para morar.
Há uma preocupação que o mesma situação crítica que aconteceu no mercado doméstico americano, possa contagiar pequenos centros ao redor do mundo, já que os americanos do norte possuem disponibilidade financeira para inflacionar qualquer mercado global.
Pequenas cidades ao redor do mundo, que sempre receberam turistas que chegam e saem, agora estão recebendo residentes, que buscam moradia. Essas pequenas cidades cidades não estão preparadas para este tipo de movimento. O inventário de imóveis residenciais nestas regiões é baixo. Ao mesmo tempo, muitos destes novos residentes possuem grande disponibilidade financeira e estão dispostos a pagar um “prêmio” para conseguirem o imóvel ideal.
Trabalhar de qualquer (work-from-anywhere) lugar ajuda as pessoas de várias maneiras. Os trabalhadores podem se mudar para regiões com um custo de vida mais baixo, morar mais perto de familiares e amigos ou se mudar para regiões onde possam desfrutar de um estilo de vida melhor e/ou melhor acesso a instalações educacionais e médicas. As empresas também se beneficiam, pois agora podem contratar talentos de qualquer lugar, muito além do mercado de trabalho local e sem serem prejudicadas por restrições de imigração. Minha pesquisa documentou que, sob certas condições, a WFA também pode levar a trabalhadores mais produtivos, custos imobiliários mais baixos e menos emissões de carbono, além de resultar em uma força de trabalho mais equitativa nas dimensões de gênero e deficiência.
Lisboa é um dos lugares mais procurados por nômades digitais
De acordo com uma pesquisa realizada pela Savillis, que classificou 15 mercados residenciais com apelo para trabalhadores remotos, a cidade de Lisboa é a mais acolhedora.
O clima agradável da capital portuguesa e o baixo custo de vida em relação às demais capitais europeias sãos os fatores que mais atraem novos moradores.
Vistos para “Nômades Digitais” ganham força globalmente
Internacionalmente, uma das maneiras mais eficazes de os formuladores de políticas impactarem a WFA é por meio de vistos “nômades digitais”, como os emitidos pela Alemanha, Espanha, México, Emirados Árabes Unidos, Estônia, Croácia, Costa Rica, República Tcheca, Noruega, Barbados e outros. Com vistos nômades digitais, os países tentam atrair talentos fornecendo o direito legal de trabalhar por seis meses a um ano, benefícios fiscais, suporte logístico etc. Onde esses vistos operam em uma base de curto prazo, países como o Canadá elaboraram uma política de imigração para atrair e reter talentos da WFA de forma mais permanente.
Outros programas de incentivo para atrair mão -de-obra qualificada ou mesmo empreendedores estão sendo lançados por diversas economias globais. Cada vez mais as pessoas estão trabalhando à distância .
Golden Visa (Visto Ouro) Português
Golden Visa ou Visto Gold, como também é conhecido, é, na realidade, uma autorização de residência para entrada e permanência em Portugal, com objetivos de investimento. O nome oficial é ARI – Autorizaçãoo de Residência para Atividade de Investimento.
Indivíduos que não sejam cidadãos da União Europeia (ou do espaço Schengen) e que obedeçam determinadas regras de investimento, como aquisição de imóveis ou geração de empregos. É necessário reunir um dos requisitos quantitativos e o requisito temporal previstos na legislação (melhor abordado nos próximos tópicos).
O requisito quantitativo que se mostra mais eficiente para se obter o Golden Visa em Portugal é a compra de um imóvel no valor mínimo de USD 500 mil euros. Além disso, também estão previstas na lei outras formas, cujas principais são: 1 – A transferência de capitais num montante igual ou superior a 1 milhão de euros; 2 – A criação de, pelo menos, 10 postos de trabalho.
Sobre a CAP International
A CAP International é uma imobiliária global com atuação na Flórida (EUA) e algumas cidades de Portugal. Para saber mais sobre as oportunidades em investimentos no exterior, entre em contato agora mesmo e bata um papo comigo por WhatsApp: clique aqui para acessar meu WhatsApp (Carlos Barros).